12-01-2012 A Comissão Europeia pôs em marcha um plano de acção de apoio ao crescimento e ao emprego com vista a duplicar o volume do comércio eletrónico até 2015.
Entre as medidas propostas, num total de 16, inclui-se a adopção de uma estratégia de segurança para os serviços de cloud computing e Internet, com o objectivo de contribuir para uma maior confiança dos utilizadores nas compras online. Também se prevê um maior esforço de sensibilização dos ciberlojistas igualmente no tema da segurança e sobre as suas obrigações relativamente à venda de produtos e serviços através da Internet. Está igualmente pensada a implementação de um sistema único de pagamento online, para o qual foi aberta uma consulta pública, através da qual se pretendem recolher opiniões e sugestões dos diferentes players de mercado. Na opinião de Bruxelas, actualmente o panorama está demasiado fragmentado, e é necessário garantir que os pagamentos online são seguros, eficientes, competitivos e inovadores. No contexto difícil que a Europa vive, é urgente aproveitar todos os filões de atividade e de emprego suplementares. O plano de acção que hoje apresentamos criará novas oportunidades para os cidadãos e as empresas, e proporcionará à Europa o crescimento e o emprego de que tanto necessita, eliminando os obstáculos que até agora têm dificultado o desenvolvimento da economia europeia da Internet, defendem Neelie Kroes, vice-presidente para a Agenda Digital e John Dalli, comissário responsável pela política dos consumidores. Segundo a Comissão, a economia da Internet cria 2,6 postos de trabalho por cada posto de trabalho offline que é suprimido e proporciona aos consumidores uma melhor escolha, nomeadamente nas zonas rurais ou isoladas. Os benefícios decorrentes do facto de os preços praticados online serem inferiores e a escolha de produtos disponíveis ser mais ampla estimam-se em 11,7 mil milhões de euros, o que equivale a 0,12% do PIB europeu. Se o comércio eletrónico representasse 15% do comércio de retalho e os entraves ao mercado interno fossem eliminados, os benefícios para os consumidores poderiam ascender a 204 mil milhões de euros, ou seja, 1,7% do PIB europeu. As 16 medidas colocadas em marcha destinam-se a duplicar, até 2015, a quota-parte do comércio eletrónico nas vendas de retalho (atualmente de 3,4%) bem como a da economia da Internet no PIB europeu (atualmente inferior a 3%), refere a CE. O comércio e os serviços online poderiam representar mais de 20% do crescimento e da criação líquida de emprego em determinados Estados-membros (por exemplo a França, a Alemanha, o Reino Unido ou a Suécia,5 até 2015, considera o Executivo europeu.
Font: ACEPI / ComScore