eCommerce brasileiro cresceu mais de 500% nos últimos anos

14-03-2013 A provar que é uma aposta actual e para o futuro, o comércio electrónico no Brasil deverá registar uma facturação de 45 mil milhões de reais (cerca de 17,8 mil milhões de euros) em 2016, depois de se ter observado um crescimento de 511% nos últimos sete anos.

 

Em 2012, as vendas online somaram 22,5 mil milhões de reais (8,9 mil milhões de euros), que representa um aumento de 18,1 mil milhões de reais (7,15 mil milhões de euros) comparativamente aos 4,4 mil milhões de reais (1,7 mil milhões de euros) contabilizados em 2006.

Com este crescimento, o sector passou a reunir cerca de 42 milhões de consumidores online, parcela que representa mais da metade da média de 80 milhões de internautas com mais de 18 anos, refere Pedro Guasti, vice presidente do Grupo Buscapé, em entrevista à publicação Mundo do Marketing.

A facturação também aumentou apoiada pela expansão da oferta de produtos e empresas , mas foi pulverizada pela descida do preço nas plataformas que permitiram a entrada de pequenos empreendedores.

As empresas de menor dimensão encontram condições para se desenvolverem na Internet, o que torna o meio num ambiente propício, por permitir que marcas pequenas disponham dos mesmos mecanismos de divulgação, pagamento e pesquisa utilizados pelas grandes companhias, viabilizando a competição de forma mais igualitária do que nas lojas físicas, destacou o responsável. Estima-se que existam atualmente na Web 20 mil lojas legalizadas, além das cerca de 15 mil que actuam informalmente.

Outro factor que também contribuiu para a diversificação da oferta de produtos e empresas no comércio online foi o surgimento dos clubes de compras colectivas, que se tornaram moda nos últimos três anos.

Entre os desafios para os próximos anos está conquistar dois perfis de compradores: os jovens, que ainda não estão no mercado de trabalho e costumam fazer suas compras em lojas físicas, e os utilizadores com idade acima dos 50 anos.

Outra questão pertinente será desenvolver formas de atendimento diferenciadas. “As empresas têm de utilizar multicanais se quiserem aumentar a conversão. Os tablets e os smartphones tendem a ficar mais baratos. Mais pessoas vão utilizar estes dispositivos para fazerem pagamentos, pesquisar informações sobre os produtos e comparar os preços das lojas físicas e online”, analisa Pedro Guasti. Este comportamento vai desafiar as marcas a atenderem o cliente em várias esferas, “caso contrário, ele irá comprar na concorrência”.

Font: ACEPI